A neutralidade da rede no Brasil é uma obrigação dos provedores, de acordo com o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). Ela se baseia no princípio de que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando à mesma velocidade, garantindo o livre acesso a qualquer tipo de conteúdo na rede sem ferir a autonomia do usuário e não discriminar determinadas aplicações por consumo de banda larga.
Imagine que uma provedora fechou um contrato milionário com o Facebook para que a sua conexão com a rede social seja a melhor possível. Você continua podendo acessar outras redes, mas o Snapchat, por exemplo, acaba extremamente limitado e com uma velocidade baixíssima.
Sem a neutralidade da rede garantida pela lei, as operadoras ficam livres para fazer isso. Em outras palavras, o acesso à internet fica mais parecido com o acesso à TV por assinatura. É natural pensar que o único lado da discussão a ser beneficiado pelo fim da neutralidade da rede é o lado das operadoras.
Afinal de contas, isso abre as portas para novas oportunidades de negócio. Uma pessoa que só use Facebook e WhatsApp ficará "feliz" em pagar menos para acessar somente estes dois serviços. Mas para a livre circulação de conhecimento e informação, que é a base da internet como a conhecemos hoje, isso é péssimo.
É um princípio segundo o qual deve-se permitir condições igualitárias de acesso a informações a todos, sem que haja nenhuma interferência no tráfego online. Essa foi a concepção inicial da Internet, permitindo transferência de dados entre pontos, sem qualquer discriminação. Entretanto, certas práticas dos provedores de serviços da Internet e provedores de banda larga, geram pontos importantes no desenvolvimento da Internet que originaram o debate sobre a neutralidade da rede.
Como exemplos dessas práticas têm-se: aplicações em tempo real, difusão de aplicações que usam muita largura de banda e o uso crescente de redes sem fio domésticas. Visando proteger interesses econômicos de empresas que oferecem esses tipos de serviços, muitos introduziram práticas que usuários acham ilegais ou prejudiciais para o futuro da Internet, principalmente o chamado traffic shaping ou modelagem de trafico(que provoca lentidões em tarefas que sua rede normalmente não teria).
Os provedores tentam evitar que usuários usem roteadores sem fio, VOIP(telefones IP) e programas de compartilhamento de arquivos. Além disso, alguns bloqueiam acesso a certos sites e filtram e-mails que contêm críticas sobre eles.
Links: https://pt.wikipedia.org/wiki/Neutralidade_da_rede
https://olhardigital.com.br/noticia/o-que-e-neutralidade-da-rede-e-como-o-fim-dela-pode-te-prejudicar/72991
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